Nas últimas semanas, as redes sociais foram tomadas por uma nova controvérsia envolvendo os bebês reborn. Esses brinquedos, que imitam com grande fidelidade recém-nascidos, estariam sendo tratados por algumas pessoas como se fossem crianças reais.
Tal comportamento gerou debates acalorados, dividindo aqueles que apoiam a prática e outros que acreditam ser um absurdo.
Vídeos no TikTok e Instagram mostram adultos interagindo com essas bonecas de forma inusitada, levando-as a consultas médicas e outras atividades destinadas a bebês. Essa prática levantou críticas e questionamentos sobre a saúde mental de quem age dessa forma.
O que são bebês reborn?
Os bebês reborn são bonecas hiper-realistas confeccionadas artesanalmente. Desde o início dos anos 2000, o modelo evoluiu com novos materiais, tornando-se cada vez mais semelhantes a bebês reais.
Esses brinquedos podem custar entre R$ 750 e R$ 9,5 mil, variando conforme a complexidade e as peças utilizadas.
Algumas bonecas são tão sofisticadas que imitam batimentos cardíacos ou têm a capacidade de “urinar”. Feitas de silicone ou vinil, elas podem reproduzir características físicas variadas, como cor de pele e olhos, até mesmo sinais da Síndrome de Down.
Os modelos de silicone são cuidadosamente desenhados, camada por camada, enquanto os cabelos são implantados fio a fio com pelo de cordeiro. A personalização vai além da aparência, incluindo um enxoval completo e até documentos fictícios, como certidão de nascimento.
Projeto de lei e repercussão
O assunto ganhou tamanha proporção que chegou ao Congresso Nacional na forma de projeto de lei, apresentado na Câmara dos Deputados em 15 de maio de 2025.
A proposta estabelece multas para quem busca benefícios destinados a crianças reais, como prioridade em filas, usando bebês reborn.
Se a legislação for aprovada, aqueles que infringirem as regras poderão ser penalizados com multas de até 20 salários mínimos. O projeto de lei ainda ará por discussões na Câmara e no Senado antes de seguir para sanção presidencial.
Esses brinquedos hiper-realistas seguem conquistando adeptos e gerando discussões sociais e legais. Enquanto algumas pessoas se encantam com o realismo, outras questionam o impacto desse comportamento na sociedade.