As esponjas de louça fazem parte da rotina da maioria dos lares brasileiros, mas, apesar do uso frequente, elas costumam ser negligenciadas. Após o uso, muitas vezes são deixadas úmidas na pia ou dentro de potes fechados, o que pode favorecer um cenário invisível e perigoso.
Esse hábito comum pode contribuir diretamente para a proliferação de micro-organismos nocivos à saúde. Portanto, entender como guardar e higienizar corretamente a esponja é essencial para evitar riscos e prolongar sua durabilidade.
Esponja pode abrigar bilhões de bactérias
De acordo com uma análise publicada no Journal of Applied Microbiology, uma única esponja pode conter até 45 bilhões de bactérias em apenas um centímetro cúbico. Muitas dessas bactérias são potencialmente perigosas, como E. coli, Salmonella e Staphylococcus aureus.
Esses micro-organismos podem sobreviver por até 16 dias em esponjas úmida. Isso transforma o objeto em um ambiente ideal para a proliferação bacteriana, principalmente quando ele não é devidamente seco ou trocado com frequência.
Além disso, o mesmo estudo identificou que essas bactérias podem pertencer a mais de 360 espécies diferentes, algumas com potencial de causar infecções gastrointestinais, de pele ou até respiratórias.
Como lidar com a esponja de louça?
Evitar esse acúmulo de bactérias não exige grandes esforços. Há métodos eficazes que podem ser adotados no dia a dia. O primeiro o é lavar bem a esponja após o uso, removendo o excesso de sabão e resíduos de alimentos.
Em seguida, esprema o máximo de água possível e deixe a esponja secando em local arejado e ventilado. Vale ainda utilizar es próprios que favoreçam o escoamento da água. Outro cuidado importante é a higienização semanal com solução sanitária (uma parte de água sanitária para nove de água), por cinco minutos.
Do mesmo modo, é importante trocar a esponja regularmente, preferencialmente a cada semana, ou sempre que ela apresentar mau cheiro ou sinais de desgaste.
O que significam as cores das esponjas?
Muita gente não sabe, mas as cores das esponjas indicam funções diferentes e específicas. A tradicional verde e amarela, por exemplo, é composta por uma parte abrasiva e outra mais delicada. Essa combinação facilita o uso em as, grelhas e louças comuns do dia a dia.
Já a esponja azul, por ter textura mais suave, é indicada para superfícies sensíveis como vidros, inox ou eletrodomésticos. Seu uso ajuda a evitar riscos e mantém os objetos com boa aparência por mais tempo. É ideal para limpezas que exigem mais cuidado.
Por fim, algumas marcas também utilizam outras cores para identificar aplicações específicas, como a esponja rosa para banheiros ou a preta para limpeza pesada. Saber interpretar essas diferenças é fundamental para conservar utensílios e manter a higiene correta dos ambientes.