Como é maravilhosa a sensação de autonomia no trabalho. Poder tomar decisões, mostrar sua expertise e sentir que você está, de fato, contribuindo para algo maior.
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No entanto, e se cada o que você dá é monitorado de perto? E se cada decisão precisa de uma “ de aprovação” do seu chefe? Pode ser que você esteja sendo vítima de um microgestor. Como explica Vicki Salemi, especialista em carreiras da Monster, essa tendência “só piorou” com a ascensão do trabalho remoto.
Mas o que é isso exatamente? É o que vamos explicar a seguir a partir de três sinais claros.
3 sinais inconfundíveis de que seu chefe pratica microgerenciamento
1. O carimbo da aprovação em TODAS as decisões:
Parece familiar? Você quer tomar uma decisão que, em teoria, está dentro das suas responsabilidades, mas, lá está ele, o chefe, pedindo para verificar e dar o sinal verde.
Um microgestor sente a necessidade de dominar cada pormenor, e, de acordo com um levantamento da consultoria Monster, 73% dos participantes identificaram o microgerenciamento como o principal indicativo de uma liderança prejudicial. Então, saiba que muitos compartilham do mesmo sentimento que você!
2. E-mails? Só com o chefe em cópia:
O seu líder insiste em ser incluído em cópia na maioria dos e-mails que você envia para colegas ou clientes? Parece que ele não só quer estar informado, mas também marcar sua presença a todo momento.
Soa como um alerta contínuo de: “Estou te monitorando e acompanhando cada o seu.” Uma tática típica de quem microgerencia.
3. Reuniões excessivas:
Seu projeto está indo bem, as metas estão sendo cumpridas, e mesmo assim, as reuniões com seu gestor são mais frequentes que refeições durante o dia? Este é um claro sinal de que ele quer acompanhar cada movimento seu.
E, sim, muitas vezes essas reuniões são só para verificar o progresso do projeto. O microgestor tem uma necessidade insaciável de se atualizar, mesmo que não haja grandes atualizações a serem feitas.
Então, como enfrentar este Godzilla do controle excessivo?
A especialista em carreiras da Monster, Vicki Salemi, sugere adotar a empatia, em vez de confronto direto. Propor um acordo com o chefe para reduzir essas práticas ou, se não se sentir à vontade, buscar apoio no departamento de RH é uma saída.
O importante, como ela menciona, é “descrever suas preocupações e dizer: ‘Acredito que meu chefe está me microgerenciando e espero aliviar isso, pois adoro trabalhar aqui. O que você recomenda?‘”.
No final das contas, o microgerenciamento, além de ser uma forma de liderança tóxica, prejudica a motivação, a criatividade e o bem-estar dos funcionários. Sejamos realistas, ninguém quer sentir que está sempre sob o olhar atento do Big Brother, certo?